Descubra como juntar a economia e a sustentabilidade para reduzir os gastos do condomínio
O preço dos condomínios tem sido uma reclamação regular entre moradores de prédios. Com cada vez mais edifícios apresentando áreas comuns repletas de comodidades e múltiplas vagas de garagem, o aumento foi significativo. Uma aposta para reduzir esse custo é apostar em soluções sustentáveis.
Porém, essa resolução ainda é muito pouco considerada no mercado imobiliário. A maioria ainda considera que aderir à sustentabilidade envolve um grande investimento e acredita ser pouco prático, mas nem sempre é o caso. A união entre economia e preservação do meio ambiente pode estar junto para ajudar no bolso dos condôminos.
“Uma das vantagens de trabalhar com sustentabilidade para condomínios, é que quando você pensa em um condomínio, você está abordando um universo maior de pessoas que se beneficiarão daquela solução. Consequentemente, os custos dessas respostas de sustentabilidade são divididos entre mais pessoas e também você tem um impacto muito maior do que uma residência unifamiliar” explica Rodrigo Munhoz, arquiteto especializado em sustentabilidade.
Pensando nisso, separamos dicas de soluções sustentáveis para redução dos custos no condomínio!
1. Iluminação com LED
Com o LED, todo o calor recebido pelo emissor é transformado em iluminação, o que gera um aproveitamento muito maior da energia. Por isso, as luminárias deste tipo são duráveis e sustentáveis a ponto de economizar no consumo de eletricidade e, ainda, proporcionar estabilidade e segurança na iluminação.
“A utilização de LEDs nas áreas comuns dos condomínios, parece boba, mas realmente modifica. Hoje, muitos condomínios têm, por exemplo, luzes acesas na garagem durante o dia todo e, no geral, são de baixa eficiência. Essa modificação já dá uma boa melhorada nos valores de custos gerais de eletricidade”, explica Rodrigo.
2. Reaproveitamento de água das chuvas
Para ser usada na jardinagem, a água de chuva é coletada pelas calhas no telhado do prédio e armazenada em uma cisterna no térreo ou subsolo. Pode-se instalar um equipamento para filtrar esta água, se for necessário, o que pode incluir também tratamento com cloro.
“Poucos condomínios investem nos sistemas de calha e captura de água de chuva para lavagem das áreas comuns e no cuidado com a irrigação da jardinagem, e o reuso dessa água diminui o custo da que é consumida pelo condomínio”, sugere Marlon Mainarte, doutor em Ciência e Tecnologia, e professor na graduação de Gestão Ambiental do Senac EAD.
3. Fazendas solares
Um condomínio pode usar a energia solar de diversas formas: nas áreas comuns, como salão de festas; academia; piscina; ou para os moradores consumirem. Neste caso, a energia é distribuída em uma quantidade semelhante para os condôminos.
“O investimento na economia da energia por conta de um futuro sistema de painel solar é algo muito positivo e visto a longo prazo. Painéis solares e sistemas de reuso de água, podem ter um custo inicial alto, mas economizam significativamente”, explica Marlon.
4. Fachada ventilada
A fachada ventilada ajuda a reduzir a temperatura interna da torre e diminui o uso de ar-condicionado. Apesar de ser um investimento caro e pouco comum no Brasil, pode ser uma boa solução para melhorar a qualidade interna do apartamento ou da casa, solucionando o problema de calores excessivos.
“As fachadas ventiladas ainda são muito caras, então, o resultado disso é que o custo-benefício será muito maior do que o benefício entendido, já que no Brasil, de maneira geral, estamos muito acostumado a viver aceitando o calor interno do imóvel. As pessoas não se perguntam se existiria outra solução para melhorar a qualidade térmica além do ar-condicionado”, explica Rodrigo.
5. Paisagismo planejado
Estratégias de paisagismo bem planejadas minimizam gastos desnecessários com manutenção, promovendo uma gestão mais eficiente dos recursos. Para isso, é sempre importante pensar no clima do local do condomínio e pensar em plantas que se adequem bem a ele.
“Sempre pensar em espécies arbóreas, arbustivas e de forração que conseguem viver bem mesmo com as oscilações de clima e água que podem acontecer. Pode-se cultivar plantas de climas áridos, para ter menos manutenção, e também elas necessitarão de menos nutrientes, consequentemente, a quantidade de adubo baixará também. Além disso, criar jardins que, de alguma forma, consigam ser usados pelos moradores, cria uma conexão entre as pessoas do condomínio e o ambiente comum”, finaliza Rodrigo.
Fonte: https://umsoplaneta.globo.com/