A Polícia Civil da Bahia identificou, na noite da última terça-feira (8), um homem de 50 anos suspeito de cometer uma série de furtos em condomínios de alto padrão em Feira de Santana, a segunda maior cidade do estado. Ele já havia cumprido pena anteriormente por crimes semelhantes e, desta vez, confessou ter invadido pelo menos sete residências.
De acordo com o delegado José Marcos, titular da unidade policial responsável pela investigação, os bens furtados somam mais de R$ 1 milhão. Entre os itens levados estão joias, dólares em espécie e equipamentos eletrônicos. Apesar da confissão, o suspeito não foi preso, já que não estava com os objetos no momento em que foi localizado, portanto, não houve flagrante. Ele prestou depoimento e vai responder ao processo em liberdade, conforme prevê a legislação penal.
A ação criminosa foi detalhada em entrevista à TV Subaé, afiliada da Rede Bahia. O delegado explicou que parte das vítimas só percebeu que havia sido furtada após contato da polícia. Ainda segundo ele, o suspeito revelou ter vendido os produtos subtraídos por aproximadamente R$ 200 mil, valor bem abaixo do mercado. Isso é comum nesse tipo de crime, já que receptadores pagam de 10% a 20% do valor real dos bens.
“Acreditamos que o prejuízo das vítimas ultrapasse R$ 1 milhão. As joias, por exemplo, podem ter sido derretidas e transformadas em outras peças, o que dificulta a recuperação”, afirmou o delegado.
A polícia já tem informações sobre os locais onde parte das joias foi comercializada e deve realizar diligências para tentar identificar os receptadores. A investigação segue sob responsabilidade da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), vinculada ao Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin).
Imagens de câmeras de segurança registraram o suspeito escalando muros e arrombando portas para acessar os imóveis. O modo de atuação chamou a atenção dos investigadores, que já suspeitavam de um criminoso experiente.
O homem foi indiciado por furto qualificado praticado de forma continuada. A pena pode chegar a até 10 anos de prisão, além de multa. A polícia ainda trabalha para identificar todos os envolvidos na cadeia de receptação e tentar recuperar os bens subtraídos.
O caso reacende a preocupação com a segurança em condomínios de alto padrão e destaca a importância de sistemas de vigilância eficientes, bem como da comunicação rápida entre moradores e forças de segurança.