O Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 14,9% da população brasileira vive atualmente em condomínios, considerando tanto apartamentos quanto casas em vilas ou condomínios fechados. O dado confirma uma tendência consolidada de verticalização e adensamento urbano nas principais regiões metropolitanas do país.
Verticalização urbana em expansão
De acordo com os números oficiais, 12,5% dos brasileiros vivem em apartamentos, enquanto 2,4% residem em casas de vila ou condomínios horizontais. Em 2010, esses percentuais eram de 8,5% e 2,4%, respectivamente. O salto expressivo no número de moradores em unidades verticais indica uma transformação significativa no modelo habitacional brasileiro.
Fatores que explicam a escolha por condomínios
Especialistas em urbanismo e habitação destacam alguns fatores que têm impulsionado esse crescimento. Entre eles estão:
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Escassez de terrenos disponíveis nas áreas centrais e urbanizadas;
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Busca por maior segurança e infraestrutura;
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Interesse por comodidade, serviços compartilhados e facilidades do dia a dia;
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Otimização de mobilidade e proximidade com centros comerciais e de trabalho.
Esse cenário reforça o papel dos condomínios como alternativa habitacional viável e desejada, especialmente nas grandes cidades.
Gestão condominial: desafios e oportunidades
Com o crescimento da população residente em condomínios, surgem também novas demandas para a gestão condominial. Síndicos e administradoras precisam lidar com questões como:
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Aumento na complexidade da comunicação com os moradores;
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Manutenção constante das áreas comuns;
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Garantia da segurança patrimonial e pessoal;
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Adoção de tecnologias que otimizem processos administrativos e operacionais.
Ao mesmo tempo, essa realidade abre espaço para inovações em governança condominial, profissionalização da função de síndico e maior valorização das boas práticas de gestão.
Uma nova configuração urbana
Os dados do IBGE refletem não apenas uma mudança nas escolhas habitacionais dos brasileiros, mas também uma reconfiguração das dinâmicas urbanas. Viver em condomínio passou a ser sinônimo de estilo de vida urbano, seguro e conectado.
Para o setor, o crescimento representa tanto desafios estratégicos quanto oportunidades de inovação, especialmente no desenvolvimento de soluções voltadas à gestão inteligente, sustentabilidade e bem-estar coletivo.
Fonte: G1