Na manhã desta quarta-feira (24), uma quadrilha armada invadiu um condomínio residencial de alto padrão na Rua Campos Sales, no centro de Ribeirão Preto (SP). Ao menos seis apartamentos foram assaltados, e uma moradora e o porteiro foram agredidos. O crime foi premeditado: os criminosos alugaram previamente um apartamento no prédio usando documentos falsos e um cheque caução de R$ 12 mil.
Segundo a Polícia Civil, os criminosos atuaram com alto nível de organização. Parte do grupo se hospedou no apartamento alugado na noite anterior. Já na manhã do crime, outros membros entraram no edifício e renderam funcionários e moradores. Todos os suspeitos usavam perucas como disfarce, para despistar a vigilância e as câmeras de segurança.
Imagens obtidas pelas câmeras do condomínio mostram os criminosos fugindo em três veículos, que já estão sendo rastreados pela polícia. Até o momento, uma mulher foi detida — ela teria sido responsável por apresentar os documentos falsos e assinar o contrato de locação do imóvel usado como base do crime.
Como a ação aconteceu
O porteiro relatou que estava monitorando as câmeras e desconfiou da movimentação no elevador social. Ao tentar sair para pedir ajuda, foi rendido por outros criminosos que já haviam se infiltrado no prédio. Funcionários, empregadas domésticas e moradores foram trancados em um cômodo de serviço.
Um dos moradores, que preferiu não se identificar, relatou que foi abordado ao chegar ao prédio para visitar os pais. Ele foi coagido a realizar transferências via Pix no valor de R$ 10 mil, e depois forçado a subir ao apartamento da família, onde os criminosos exigiam joias, dinheiro e informações sobre possíveis cofres.
“Disseram para meu pai: ‘Se não tiver cofre, vou matar seu filho’. Estavam desorganizados, mas muito agressivos”, relatou o morador à EPTV.
Elementos preocupantes
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O apartamento alugado pelos criminosos estava vazio e empoeirado, sinalizando que foi alugado apenas para a ação criminosa.
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No local, foram encontradas garrafas de bebidas alcoólicas, indicando que parte do grupo passou a noite consumindo álcool no imóvel antes do crime.
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A perícia colheu impressões digitais e está cruzando dados com o banco de criminosos conhecidos.
Fonte: EPTV