Um episódio de violência ocorrido na área externa do condomínio Ideal Vila Nova, em Nova Parnamirim, na Grande Natal (RN), ganhou grande repercussão neste sábado (29) após a circulação de um vídeo que mostra um morador agredindo um motoentregador durante uma entrega. As imagens registram o momento em que um homem sem camisa avança contra o trabalhador com cabeçadas e socos no meio da rua.
De acordo com o entregador João Vitor, a confusão teve início quando ele chegou ao condomínio para entregar uma encomenda. Após conversar com o porteiro, ele teria sido abordado por um morador, que o chamou de “boiola” e passou a questionar para quem seria a entrega. João Vitor afirma que pediu para o homem se afastar, mas acabou sendo atacado em seguida.
“Ele parecia muito alterado. Deve ter se sentido incomodado, voltou já agressivo e me deu uma cabeçada. Depois começou a me bater. Para me defender, reagi e corri”, relatou o entregador, que disse ter ficado emocionalmente abalado após a situação.
O morador envolvido, identificado como Micael, apresentou outra versão em um vídeo publicado nas redes sociais. Ele reconheceu ter feito uma “piada de mau gosto” ao apontar para fraldas no chão e perguntar ao entregador: “Quer para tu?”. Segundo Micael, o entregador não teria gostado do comentário e teria iniciado o confronto. Ele afirma que apenas revidou.
“No vídeo dá pra ver uma fralda na pista. Estava com elas na mão e brinquei com o motoca. Ele não gostou, direito dele, mas só percebi quando ele desceu da moto e deu uma ‘relada’ na minha cara”, afirmou.
Apesar das imagens, Micael disse não se arrepender:
“Eu sou homem. Sobre a chapa que eu dei nele, não peço desculpas, porque me defendi. Ninguém é santo.”
Convivência e segurança em pauta
O episódio reacende debates importantes sobre convivência e gestão de conflitos em condomínios. Especialistas destacam que situações aparentemente simples podem escalar rapidamente quando não há equilíbrio emocional ou respeito mútuo. Boas práticas de comunicação, capacitação de equipes de portaria e processos adequados de mediação são apontados como medidas essenciais para prevenir confrontos e proteger moradores, colaboradores e visitantes.





