O influenciador digital Hytalo Santos, de 28 anos, foi alvo de mandado de prisão nesta semana, após investigações que se intensificaram com denúncias por exploração de menores em seus conteúdos e relatos de perturbações causadas por festas em condomínio onde residia.
Exploração infantil e adultização de adolescentes
O caso ganhou visibilidade após o influenciador Felca divulgar um vídeo com denúncias de adultização e sexualização de menores em conteúdos produzidos por Hytalo, especialmente envolvendo uma adolescente chamada Kamyla, então com 12 anos.
Desde dezembro de 2024, o Ministério Público da Paraíba investiga o influenciador por exploração de crianças e adolescentes e possível trabalho infantil digital, com indícios que vão desde exposição sexualizada até práticas de aliciamento .
Quebra de ordem judicial e buscas na residência
A Justiça determinou bloqueio das contas digitais de Hytalo, proibição de contato com os menores envolvidos e busca e apreensão de equipamentos eletrônicos usados na produção de vídeos.
Denúncias condominiais: festas, barulho e exposição
Além das denúncias envolvendo menores, vizinhos relataram ao Ministério Público a ocorrência de festas frequentes no condomínio onde o influenciador residia. Havia relatos de barulho intenso e exposição inadequada de adolescentes nesses eventos. O Conselho Tutelar passou a acompanhar o caso e solicitou documentos sobre os jovens, os quais, segundo informou, não foram plenamente apresentados por Hytalo.
Prisão preventiva e perfil público
Em resposta às suspeitas de obstrução das investigações — já que a casa estava vazia durante as buscas, a Justiça autorizou a prisão preventiva de Hytalo Santos. Até então, ele afirmava estar à disposição das autoridades e que sua viagem a São Paulo já durava mais de um mês.
O episódio serve como alerta para a gestão condominial e a responsabilidade dos gestores e moradores. A repercussão evidencia a necessidade de:
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Vigilância ativa sobre eventos internos que possam violar normas de convivência e expor menores;
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Cooperação com autoridades em casos que impeçam violação dos direitos de crianças e adolescentes;
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Políticas internas mais rigorosas em condomínios que resguardem o bem-estar coletivo e a integridade dos menores.