Em um cenário de juros elevados e inflação persistente, manter imóveis quitados pode deixar de ser sinônimo de segurança financeira. Custos crescentes com IPTU, condomínio e manutenção, somados à inadimplência e vacância, transformam o que deveria ser um patrimônio em um ativo pouco rentável.
Para o especialista Rafael Pimenta, fundador e CEO da Aluguel Virtual, há alternativas inovadoras que permitem gerar renda sem vender ou alugar o imóvel da forma tradicional. “A digitalização patrimonial e a tokenização de ativos imobiliários oferecem uma renda mensal estável, sem abrir mão da posse ou do uso do bem”, explica Pimenta.
A tokenização transforma o imóvel em um ativo digital juridicamente protegido. O proprietário cede os direitos econômicos do ativo digital vinculado ao imóvel e, em troca, recebe uma remuneração mensal definida em contrato. Segundo dados de mercado, a tokenização de ativos deve atingir US$ 16,1 trilhões em 2030, demonstrando o crescimento exponencial dessa alternativa.
Além da previsibilidade, a solução protege o proprietário contra a inflação. Os contratos podem prever reavaliações periódicas do ativo digital, permitindo reajustes na remuneração de acordo com a valorização do imóvel. “Há mecanismos adicionais, como bônus, que fortalecem o fluxo de caixa e preservam o poder de compra do proprietário”, completa Pimenta.
Diferente da venda ou locação tradicional, que expõe o proprietário a variáveis incontroláveis, a tokenização oferece controle sobre o patrimônio, previsibilidade de receita e segurança diante da volatilidade do mercado imobiliário. A tecnologia permite que imóveis estáticos se tornem fontes de renda constantes, alinhadas às demandas de um mercado cada vez mais digital e ágil.
Embora o conceito ainda seja recente no Brasil, cresce globalmente a adesão a soluções de tokenização. A mudança de cultura financeira tem mostrado que imóveis podem ser ativos dinâmicos, previsíveis e protegidos, garantindo ao proprietário estabilidade e liquidez em tempos de incerteza econômica.





