Morador de prédio resolveu fazer desabafo em rede social logo após chegar em seu apartamento e encontrar a porta arrombada. O crime aconteceu recentemente e passo a transcrever o relato da vítima:

“Não costumo usar o Facebook para esses fins mas infelizmente eu fui a vítima…arrombaram meu apartamento e levaram computadores, relógios e máquinas fotográficas. Entraram facilmente pela portaria aproveitando a incompetência (ou leniência) do funcionário. São dois pivetes que estão aterrorizando vários bairros vizinhos”.
O denunciante colocou a responsabilidade apenas nas costas do porteiro que permitiu a entrada dos marginais juvenis sem autorização e entendo, como especialista em segurança condominial, que isso não é correto. É preciso entender que o trato com a segurança de condomínio deveria iniciar com um “Projeto de Segurança” realizado por profissional da área experimentado, com o intuito de levantar inicialmente as principais falhas e vulnerabilidades e em seguida apresentar as melhores soluções visando a minimização de riscos de invasão criminosa.
O problema é que na prática não é isso que acontece. Pouquíssimos edifícios usam essa estratégia. A maioria entende que as soluções brotam do síndico, zelador e de moradores que se acham “entendidos” na área de segurança. No futebol, todo brasileiro se acha um pouco técnico, mas sequer pisaram num gramado oficial. Os palpites surgem no calor da emoção do jogo, principalmente quando o time de coração está perdendo ou sendo desclassificado no campeonato. Nas reuniões e assembleias em condomínios, os ânimos se afloram e ideias mirabolantes vão pipocando uma a uma. Cada participante se acha dono da verdade, mas poucos apresentam dados técnicos e estatísticos.
O problema é que na prática temos apenas a “sensação”, mas nenhuma efetividade concreta.