Moradores de um condomínio localizado na Zona Leste de São Paulo estão enfrentando uma série de problemas estruturais e operacionais após o recebimento das chaves de seus apartamentos. As denúncias envolvem desde atrasos na entrega das unidades até ligações irregulares de energia elétrica, o que levanta sérias preocupações quanto à segurança e à legalidade da ocupação do empreendimento.
Entregas com atraso e infraestrutura incompleta
Inicialmente previsto para ser entregue em setembro de 2023, o condomínio teve sua entrega adiada duas vezes, primeiro para março de 2024, depois para fevereiro de 2025. Com isso, muitos proprietários se viram obrigados a mudar-se sem que a estrutura estivesse completamente pronta, seja por término de contratos de aluguel ou por dificuldades financeiras.
Além dos atrasos, os moradores relatam falta de acabamento, infraestrutura incompleta e ausência de ligação definitiva à rede elétrica da concessionária Enel. De acordo com a empresa, foram realizadas quatro vistorias no local, todas reprovadas por não cumprimento de exigências técnicas.
Ligações irregulares agravam a situação
Um dos pontos mais preocupantes levantados pelos condôminos é a suspeita de ligações clandestinas feitas pela construtora para viabilizar o fornecimento de energia provisória às unidades. A prática, além de ilegal, representa risco à segurança elétrica dos moradores e à estrutura do prédio.
Segundo relatos, as gambiarras estariam sendo usadas como solução temporária, enquanto as pendências com a concessionária não são resolvidas.
Outras falhas identificadas:
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Maçanetas e esquadrias com ferrugem, mesmo antes da ocupação;
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Áreas comuns danificadas ou inacabadas;
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Problemas no fornecimento de gás, por dificuldade de acesso técnico durante tentativas de instalação;
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Ausência de itens prometidos em planta e memorial descritivo.
O que dizem os especialistas
Especialistas jurídicos ouvidos pela reportagem do Universo Condomínio reforçam que os moradores têm respaldo legal para buscar indenizações por danos materiais e morais ou até mesmo rescisão contratual. No entanto, é essencial reunir documentação que comprove as irregularidades:
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Contrato de compra e venda
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Registro fotográfico dos defeitos
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Laudos técnicos ou notificações da concessionária
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Trocas de e-mails e protocolos com a construtora
Fonte: Portal R7