Um furto inusitado e preocupante levantou o alerta entre proprietários que utilizam plataformas digitais para locação de imóveis por temporada. Em Praia Grande (SP), um casal acompanhado de uma criança foi flagrado por câmeras de segurança furtando diversos objetos de um apartamento alugado por meio de uma dessas plataformas.
De acordo com as imagens, o casal chegou ao condomínio em um carro por aplicativo e foi recebido pelo marido da proprietária, Regina, responsável pelo anúncio do imóvel. Cerca de uma hora depois, as câmeras registraram o trio deixando o edifício com vários pertences. A criança carregava uma caixa, enquanto o homem transportava duas televisões e a mulher uma mala cheia de objetos.
Segundo Regina, os criminosos levaram desde eletrônicos até utensílios domésticos e produtos básicos, como papel higiênico e tapetes.
“Eles agiram com total naturalidade, como se estivessem apenas saindo para passear. Só percebi o furto ao verificar as câmeras remotamente”, relatou a proprietária.
A locadora afirmou ainda que o casal utilizou informações falsas para efetuar a reserva, o que dificultou a identificação dos responsáveis. Apesar de a plataforma ter excluído o perfil utilizado pelos infratores, nenhum tipo de ressarcimento foi oferecido à vítima, que arcou sozinha com o prejuízo.
Responsabilidade e segurança nas locações on-line
Casos como este têm se tornado cada vez mais comuns em locações de curta duração e acendem o alerta para a necessidade de maior segurança tanto por parte dos proprietários quanto das plataformas intermediadoras.
De acordo com especialistas em direito digital e imobiliário, empresas que atuam como intermediadoras podem ser responsabilizadas judicialmente, já que exercem o papel de elo de confiança entre locadores e locatários.
“Essas plataformas lucram com a intermediação e, portanto, devem zelar pela verificação das informações dos usuários, além de oferecer mecanismos de proteção aos proprietários”, explica um advogado consultado pelo Portal Universo Condomínio.
Para evitar prejuízos, especialistas recomendam medidas como:
-
Instalar câmeras de segurança com acesso remoto;
-
Evitar liberação do imóvel antes da confirmação completa da reserva;
-
Utilizar contratos complementares, mesmo em locações via aplicativos;
-
Manter inventário detalhado dos bens existentes no imóvel.
O caso reforça a importância da segurança nas locações digitais e a necessidade de políticas mais rígidas de verificação por parte das plataformas, especialmente quando a hospedagem ocorre em condomínios residenciais.
Fonte: Portal R7
