A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (4), em Teresina, um advogado suspeito de desviar valores de condomínios durante sua atuação como síndico profissional. O advogado foi detido enquanto participava de uma audiência, por conta de um mandado expedido pelo 21° Distrito Policial, após meses de investigação.
Conduzida pela delegada Maria Laura, a investigação teve início após reclamações de moradores do condomínio Reserva dos Sabiás, que relataram atrasos nos pagamentos de contas e falhas na manutenção. Exames contábeis constataram transferências via PIX de aproximadamente R$17.000 diretamente para a conta pessoal do advogado. O valor estimado de dinheiro desviado pode superar os 40 mil reais, levando em consideração os repasses entre as contas de diferentes condomínios sob sua administração.
As autoridades responsáveis pela investigação, apuraram que para cobrir os prejuízos, o advogado transferia recursos de um condomínio para outro, justificando as ações como “cobertura” dos rombos. Vítimas se manifestaram em ao menos cinco delegacias da capital, e a investigação conta também com outros boletins por práticas semelhantes, além de um inquérito conduzido pelo Setor de Operações Integradas (SOI).
Durante a prisão, a Comissão de Prerrogativas da OAB e a Comissão de Direitos Humanos acompanharam o procedimento, conforme funcionalidades legais para advogados. Ele segue à disposição da Justiça, aguardando decisão em audiência de custódia, quando será determinado se ficará em cela comum ou sala especial prevista em lei. A polícia não descarta a identificação de novas vítimas e a ampliação das acusações.
Tendência negativa
Casos similares de desvios por síndicos têm se tornado recorrentes no país. Em Ribeirão Preto, um ex-síndico foi condenado a devolver mais de R$ 400 mil ao condomínio, que comprovou desvio de recursos no TJD-SP. No Distrito Federal, também houve condenação de ex-síndico por repassar irregularmente R$ 80 mil à sua conta pessoal ntrole mais eficientes nos condomínios, como auditorias periódicas, fiscalização ativa por conselhos e prestação transparente de contas. A prática de profissionais se valendo da função para se apropriar de taxas é uma realidade que exige atenção redobrada dos moradores e das autoridades.