Um ano de negociações e muitos ajustes marcaram o processo para o consenso entre o governo de São Paulo, o Corpo de Bombeiros e montadoras de automóveis, para criação de uma norma que regula a instalação de pontos de recarga para veículos elétricos em garagens e prédios residenciais e comerciais.
Segundo a Folha do Estado de São Paulo, a medida tem como objetivo garantir a segurança contra incêndios, exigindo a instalação de chuveiros automáticos (sprinklers), sistemas de detecção de fumaça e exaustão nos estacionamentos.
A decisão aparece diante dos riscos identificados em estudos que apontaram a vulnerabilidade dos sistemas de recarga em subsolos, especialmente pela possibilidade de incêndios causados pelas baterias de íon-lítio, que podem gerar chamas intensas e difíceis de controlar.
Para prédios novos, a norma prevê a obrigatoriedade dos equipamentos de segurança, enquanto para construções antigas haverá regras adaptadas conforme a estrutura.
Durante as discussões, foram descartadas propostas que limitavam o espaço entre vagas ou exigiam paredes corta-fogo, medidas que geraram resistência das montadoras e do setor da construção civil.
O relatório final, fruto da colaboração entre o SindusCon-SP, Corpo de Bombeiros e a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), será encaminhado ao Governo do Estado, que deve publicar a regulamentação ainda em julho.
A medida gera discussão por conta do custo de aplicação desses equipamentos. Moradores de prédios residenciais se questionam se os valores gastos para a aplicação e manutenção serão acrescentados na taxa condominial, e não encontram respostas.