Uma psicóloga, moradora há 20 anos do Condomínio Ilhas Gregas, localizado na Rua 15 de Agosto, 50, no Centro de São Bernardo do Campo, denunciou a administração do local por falta de acessibilidade. Segundo ela, a vaga de garagem vinculada à sua unidade foi reduzida em cerca de 50 centímetros no último dia 12 de maio, passando a ter apenas 1,70 metro de largura, o que teria prejudicado o transporte do filho de 6 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A moradora afirma que, embora tenha direito à vaga especial, nunca havia solicitado alteração, pois o espaço anterior atendia às necessidades da família. Com a redução, no entanto, a situação se tornou inviável. Ela alega ter tentado resolver o problema por meio de e-mails e registros no livro do condomínio, mas não obteve resposta da administração.
Segundo seu relato, outro morador foi transferido para uma vaga maior, enquanto sua demanda foi ignorada. A psicóloga também afirma ter sido alvo de comentários discriminatórios por parte da esposa de um conselheiro, e que o próprio síndico chegou a dizer que ela poderia “processar”.
“Estou indignada, humilhada e desrespeitada. Sou mãe de uma criança com deficiência, que depende de rotina e acessibilidade, e o condomínio prefere beneficiar alguns moradores enquanto me obriga a ‘queimar a faixa’ para não ser multada. É covardia, discriminação, má-fé e perseguição”, declarou.
Diante da situação, a moradora acionou o Ministério Público e afirmou que ingressará com ações judiciais, tanto civis quanto criminais, com base no Estatuto da Pessoa com Deficiência e no Código Civil.
Posicionamento do condomínio
A administração do Condomínio Ilhas Gregas respondeu por meio de nota oficial:
“Informo que, como estamos com prazo para nos manifestarmos perante o Ministério Público, frente à reclamação realizada naquele órgão pela moradora, deixaremos de comentar o assunto por enquanto.” — assinou o síndico do condomínio.